Há
dez anos afastado de sua mais famosa parceira, Edílson Oliveira, 50
anos, reencontrou Eliana Michaelichen hoje (1°). O intérprete do
personagem Chiquinho, celebrizado no extinto Eliana & Alegria,
participou do programa da apresentadora no SBT após um apelo em rede
nacional, duas semanas atrás, para rever a ex-colega. O programa irá ao
ar no dia 12. O ator está fora das grandes redes de TV desde 2012,
quando a Record fechou a Escolinha do Gugu, e atualmente sobrevive de
eventos na Bahia, onde mora desde 2007.
"Eu
estava muito ansioso para pisar no palco com ela [Eliana], porque foi
uma vida muito legal, foi muito lindo, e a gente fazia com muito amor
mesmo. Quando a gente entrava em cena era para brincar e divertir o
país", contou Edílson Oliveira, emocionado, durante a gravação do
programa Eliana nesta quarta.
Chiquinho foi jurado do quadro
Fenômenos do YouTube na edição do Dia das Crianças do Eliana. Quando
entrou no palco, deu um forte abraço na apresentadora, que comemorou a
atual fase do ex-colega.
"O
mais legal é que o Chiquinho continua fazendo shows e alegrando as
crianças, inclusive as que já cresceram e que hoje têm filhos. Isso é
muito interessante, o trabalho continua", disse Eliana.
Apelo em rede nacional
No
último dia 16, Edílson Oliveira participou do Tá na Tela da Band e disse
ao apresentador Luiz Bacci que desejava muito reencontrar Eliana. Os
dois trabalharam juntos durante mais de 13 anos no SBT e na Record. Não
se veem desde 2004, quando ela deixou o público infantil. Dois dias
depois do apelo, a loira entrou em contato com Chiquinho e o chamou para
ir ao programa dela no SBT.
"A
própria Eliana me ligou, mas não quis falar muito, não. Disse: 'Está
preparado para vir gravar o programa?'. E eu falei: 'Estou'. E ela:
'Então, beleza, não vou te falar nada agora, mas dia 1° você está aqui.
Deus te abençoe'. Agora não sei o que vai rolar. Fica aquele ponto de
interrogação. Uma participação apenas? Uma homenagem? Sei lá o que vai
acontecer. Achei muito legal, nunca tivemos nenhuma briga", disse
Oliveira, ansioso, ao Notícias da TV.
É a
primeira vez em dez anos que Eliana e Chiquinho dividem o mesmo palco.
Com o fim do programa infantil da loira, o personagem ficou sem função
na Record. Tempos depois ele recebeu uma proposta da TV Itapoan,
afiliada da rede na Bahia. Não pensou duas vezes e se mudou com a mulher
e o filho para a cidade de Lauro de Freitas, conhecida por praias
paradisíacas, na região metropolitana de Salvador.
"Não há em São Paulo essa qualidade
de vida. Só que a parte profissional fica a desejar, porque está lá [em
São Paulo] e no Rio de Janeiro. [Quem sai do eixo Rio-São Paulo] some, é
impressionante", conta Oliveira. Na Bahia, ele apresentou O Mundo do
Chiquinho, programa semanal voltado às crianças, durante seis anos. Em
2011, voltou aparecer em rede nacional na Escolinha do Gugu. Dois anos
depois, os contratos com Gugu e Itapoan terminaram e não foram
renovados.
Fora
da TV, Oliveira faz apresentações em circos e feiras como Chiquinho,
Bozo (palhaço que chegou a interpretar no SBT) e Chico Santos (imitação
de Silvio Santos). "Vivo fazendo shows e convenções. No mercado de hoje,
não tem o que as crianças verem. Consigo suprir essa necessidade de
divertir, porque o Chiquinho é itinerante, fecha ginásios, shopping centers", explica o ator, que consegue faturar até R$ 17 mil com um evento.
De Bozo a Chiquinho
Nascido
em São Paulo, Edílson Oliveira começou na televisão aos 16 anos, no
SBT, como produtor "faz-tudo" em vários programas, como o humorístico
Reapertura. Em seguida, foi assistente de palco do Bozo, em que atuou
como dublê do palhaço. Embora agradeça ao SBT pelo início da carreira,
Edílson Oliveira sentia-se desprestigiado na rede de Silvio Santos.
"Dentro do SBT, não davam oportunidade, eu era sempre o suporte, escada
para as pessoas", lamenta.
Com
Eliana, pôde, enfim, mostrar o rosto na TV. No SBT, deu voz aos bonecos
Flitz e Melocoton no Bom Dia & Cia. Em 1998, mudou-se com a
apresentadora para a Record. "Foi uma investida que tive na vida, de
acreditar em um projeto da Eliana fora do SBT. Praticamente joguei para
cima 17 anos de trabalho. Devo muito a ela pela abertura que tive para
me lançar", diz Oliveira, emocionado.
Na
Record, o assistente de palco criou Chiquinho, seu personagem mais
famoso e que o alavancou na carreira de apresentador. Com o auxílio da
figurinista da emissora, desenhou a roupa, incrementou com a barriga
falsa, pegou uma peruca preta (a original era loira) e colocou óculos.
Quando criou a voz (que veio por acaso quando gravava material em uma
feira), teve o primeiro e único desentendimento com Eliana em toda a
carreira.
"A
Eliana, na época, questionou para caramba [a voz]: 'O Chiquinho não tem
essa voz'. Falei: 'Eliana, o Chiquinho tem essa voz, sim'. Ela queria
que eu puxasse para a voz do Salsicha, do Scooby-Doo. Mas eu queria que
fosse de um garoto intrigrante, uma pessoa que pergunta muito, é
atrapalhado, e o timbre do Chiquinho era aquele", recorda.
O
personagem fez tanto sucesso que a Record rentou emplacá-lo no horário
nobre, em um programa de auditório. Oliveira, entretanto, vetou a ideia
e, inspirado no Máskara, personagem interpretado por Jim Carrey no filme
homônimo de 1994, criou Ed Banana.
"Era
para ser o Chiquinho à noite. Quando a gente criou o Ed Banana, era para
o público jovem, as senhoras, mais para os adultos. Deu certo, graças a
Deus", lembra. O programa semanal, aos sábados, chegava a dar picos de
15 pontos no Ibope e desbancava Ratinho no SBT.
Fonte: Notícias da TV via Cidade News
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