Taxistas que trabalham no Rio estão sendo assediados por meio de aplicativos de celular criados para facilitar o transporte de passageiros. Mensagens com oferta de programas sexuais estão sendo enviadas com a solicitação de corrida. Há quem ofereça dinheiro para que o taxista aceite a proposta. Uma das empresas, a Easy Táxi, diz que investiga o caso e toma medidas para coibir o mau uso.
“É um desrespeito com a gente que está trabalhando. O aplicativo não serve para isso. Já tive vontade de aceitar a corrida e ir até a pessoa tirar satisfação”, reclamou um taxista de 53 anos que não quis se identificar.
Segundo os motoristas ouvidos pelo G1, a maioria das mensagens são de oferta de sexo oral, inclusive "cantadas" gays. “Para saber quem é o passageiro tem que aceitar a corrida. Aí podemos ver até o telefone da pessoa”, contou outro taxista que também não quis revelar o nome.
“A primeira vez que vi esse tipo de chamado fiquei chocado. Mas, depois de 10 anos no táxi, onde várias vezes me fizeram esse tipo de proposta indecente, acho que o choque mesmo foi ver que eles agora se valem da tecnologia para fazer o que já faziam antes”, falou o taxista Saulo Falconere, 35 anos.
Alguns taxistas mostraram mensagens recebidas via aplicativo para a reportagem do G1. Os textos mostram que turistas e casais também tentam se valer da tecnologia para buscar aventuras sexuais. “Sou turista, piloto de aeronave, e pago 400 reais no sigilo pra [fazer sexo oral com] taxista. Estou em hotel”, propôs um usuário do aplicativo.
Taxista pode denunciar
Por meio de nota, a Easy Táxi esclareceu que investiga a situação internamente e que condena qualquer uso do aplicativo que não seja para a finalidade proposta: facilitar a mobilidade urbana. A empresa destacou ainda que bloqueia os usuários que não ajam conforme as regras de uso da ferramenta. Para isso, o taxista precisa denunciar, no próprio aplicativo, o perfil de quem envia tais mensagens. A assessoria de imprensa da Easy Táxi não soube informar se situação semelhante acontece com taxistas de outras cidades do país.
Fonte: G1
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