sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Análises feitas pelo IFRN confirmam redução do nitrato em Natal

Os números confirmam o que já havia sido comprovado nas análises feitas pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern).

Um relatório apresentado pelo Núcleo de Análises de Águas, Alimentos e Efluentes do Instituto Federal de Educação (IFRN) aponta que os índices de nitrato caíram significativamente nas zonas Sul e Leste de Natal.

Os números confirmam o que já havia sido comprovado nas análises feitas pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) após a entrada em funcionamento da nova adutora Engenheiro Francisco Horácio Dantas (adutora do Jiqui).

Em amostras de água coletadas em 37 pontos diferentes da rede de distribuição da Caern, onde antes eram altos os índices de nitrato, os técnicos identificaram que a concentração está abaixo de 10 miligramas por litro, que é o máximo exigido pela Portaria do Ministério da Saúde.

As amostras foram coletadas em áreas onde, por decisão judicial, a Caern vinha cobrando apenas 50% da tarifa em função dos altos índices de nitrato. A partir dos novos resultados, a empresa volta a cobrar a tarifa normal aplicada aos demais consumidores que não recebiam água com teor de nitrato acima de 10 miligramas por litro. O resultado das análises foi encaminhado à 1ª Vara da Fazenda Pública, comprovando a qualidade da água distribuída nos setores das regiões Leste e Sul da capital.

De acordo com as análises, no bairro Neópolis, incluindo os conjuntos Pirangi e Jiqui, abastecido pelo Reservatório R-11(em Pirangi), as amostras coletadas nas ruas Francisco Aires de Carvalho, Juiz de Fora Arapiraca, Governador Valadares, Minas Novas, Ipês, Roraima, Manoel Etelvino e avenida das Alagoas, o nível de nitrato está abaixo de cinco miligramas, metade do limite máximo.

No Reservatório R-6 (em Candelária), que abastece Cidade da Esperança, Cidade Jardim, Capim Macio, Lagoa Nova e Felipe Camarão, as amostras coletadas nas ruas Porto Alegre, José Seabra, Solon Miranda, José Mauro de Vasconcelos, Anísio de Sousa e Professor Coutinho, o índice médio foi de 6,7 miligramas por litro.

Os setores atendidos pelo Reservatório R-5, (na avenida Miguel Castro com a Prudente de Morais), que apresentavam índice acima de 10 miligramas por litro, como Nova Descoberta, Potilândia, Lagoa Nova, Nazaré, Morro Branco e Lagoa Seca, as amostras coletadas nas ruas Coronel Norton Chaves, Brigadeiro Gomes Ribeiro, Vereador Orlando Garcia, São José, João Alves de Melo, Cristal da Rocha, Forte dos Reis Magos, Rubens Martins, Vital de Oliveira, Miguel Castro, Professor Almeida Barreto, Xavier da Silveira e avenidas Amintas Barros e Miguel Castro, o índice médio é 7,61 miligramas por litro.

O Reservatório R-4 (na avenida Interventor Mário Câmara com a Bernardo Vieira) que abastece os bairros Alecrim, Quintas, Bom Pastor e Bairro Nordeste, as amostras foram coletadas nas ruas Mário Negócio, José Pinto Freire, Getúlio Vargas e avenida Presidente Sarmento, a média de nitrato encontrada foi 5,65 miligramas por litro.

No setor do bairro Lagoa Seca, atendido pelo Reservatório R-3 (no Tirol vizinho ao Hospital Walfredo Gurgel), os técnicos da Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do Rio Grande do Norte (Funcern), ligada ao IFRN, coletaram amostras na rua São João e avenida Presidente Quaresma.

Lá, o índice médio de nitrato foi de 6,1 miligramas por litro. Por último, no bairro Felipe Camarão, abastecido pelo Reservatório R-9, localizado no mesmo bairro, foi coletada amostra na rua Indomar que apresentou resultado de 7,02 miligramas por litro.

Para solucionar problemas de nitrato em outros setores da zona Oeste da cidade, a Caern está esperando a implantação de uma adutora que está sob a responsabilidade da Prefeitura de Natal.

Segundo a gerente de Qualidade da Água e Meio Ambiente da Caern, Paula Ângela Liberato, a Companhia vem realizando análises periódicas da qualidade da água e tem feito as adequações necessárias para garantir que o produto que chega às torneiras do natalense esteja dentro dos parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde. “Os testes laboratoriais comprovam que o problema do nitrato está sendo resolvido”, destaca Paula. Ela explica que a redução foi possível através da paralisação de poços com teor de nitrato alto e da diluição da água de poços com a que sai da nova adutora do Jiqui.

Fonte: Nominuto.com

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