terça-feira, 2 de junho de 2015

Rede social ajuda nutricionista a lutar contra doença sem diagnóstico

Do G1 RN
Hermilla Torres Pereira, antes e depois que começou a ter convulsões  (Foto: Hermilla Torres Pereira/Arquivo Pessoal) 
Hermilla Torres Pereira, antes e depois que começou a ter convulsões (Foto: Arquivo Pessoal)
Há quase um ano, a nutricionista potiguar Hermilla Torres Pereira, de 27 anos, deu entrada em um hospital de Natal sentindo dor de cabeça, febre e náuseas. À época, os sintomas apontaram para mais um caso de dengue. A suspeita, no entanto, não se confirmou. Agora, ainda sem saber o que está acontecendo com ela, a moça conta com uma campanha criada no Instagram por amigos. O dinheiro arrecadado foi usado para que ela viajasse para um centro de referência em São Paulo, onde os médicos tentam diagnosticá-la e tratá-la. A permanência na capital paulista também depende de doações (clique AQUI para contribuir).

De acordo com Ana Luísa Flor, que é amiga de Hermilla e uma das coordenadoras da campanha, os primeiros sintomas apareceram em junho de 2014, durante a Copa do Mundo. Gripada, ela sentia febre e dores no corpo, indícios típicos da dengue. "Hermilla deu entrada no hospital com suspeita de dengue e voltou para casa após uma série de exames. No dia seguinte, a mãe dela a encontrou desmaiada no quarto. Foi a primeira vez que ela teve convulsões", recordou Ana Luísa.
Após o desmaio, Hermilla foi novamente hospitalizada. Desta vez, apresentando um quadro de convulsões constantes, ela acabou internada em uma unidade de terapia intensiva. Ainda de acordo com Ana Luísa, as investigações para diagnosticar o quadro apresentado pela amiga sugestionaram várias doenças, mas nenhum confirmado.
Hermilla ficou dois meses na UTI. Para controlar as convulsões, ela teve que fazer uso de medicamentos fortes. “Controlava as convulsões, mas deixava o sistema imunológico ainda mais debilitado”, acrescentou Maria Luísa. Neste período, a nutricionista chegou a pesar 35 quilos.
Além de todos os problemas com o quadro de saúde de Hermilla, as dificuldades financeiras também foram um obstáculo. "Toda família tem um limite financeiro. A família de Hermilla passou por um período muito difícil, pois o plano de saúde não cobria alguns exames que ela tinha que fazer. Apenas uma vacina, que vinha da Alemanha, custava R$ 700 a dose", explicou a amiga.
"Sabemos que Natal, apesar do tratamento excelente que os médicos daqui deram a Hermilla, não é um centro de referência em pesquisas. Foi por sugestão dos próprios médicos que a atenderam que decidimos criar uma campanha para enviar Hermilla para São Paulo em busca desse diagnóstico fechado", explicou Ana Luísa.

Seja Solidário
A campanha Seja Solidário começou entre os amigos e familiares, mas acabou tomando proporções maiores que a imaginada. "Por estarmos vivendo um momento de tantas tragédias, qualquer ação positiva parece atrair as pessoas que querem fazer algo bom", disse Ana Luísa.

As arrecadações coletadas pelos amigos foram suficientes para enviar Hermilla para o hospital Sírio Libanês. Ela passou por um monitoramento neurológico que durou 48h e realizou exames de sangue. No entanto, a equipe médica informou que a nutricionista deve passar pelo menos mais dois meses internada até a apresentação de um diagnóstico preciso.
Além dos exames, Hermilla também está fazendo reabilitação motora. Ela tem dificuldades de digerir alguns alimentos. No entanto, de acordo com Ana Luísa, a verbalização já evoluiu bastante. "Estamos muito contentes com a evolução dela. A campanha continua, afinal, manter o custeio desse tratamento lá em São Paulo não é nada barato. Esperamos continuar contando com a solidariedade de todos e temos fé de que ela vai se recuperar em breve", afirmou.

Fonte: G1 

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