Os bancários do RN rejeitaram a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), mas decidiram seguir a maioria da categoria e retomar o trabalho nesta sexta-feira, 07, nos bancos privados, Banco do Brasil e BNB. A categoria no Rio Grande do Norte entende que o acordo acarreta perdas, pois não repõe a inflação deste ano e engessa a categoria para o próximo ano, em um momento extremamente delicado em que o Governo parte para o ataque à classe trabalhadora. Os bancários da Caixa permanecem em greve com o intuito de avançar nas negociações da pauta específica.
Além de lutar por reposição das perdas salariais, os bancários também lutam por melhores condições de trabalho, fim da terceirização, mais contratações e concursos, fim do assédio e por garantias de empregos, tendo em vista que, apesar da lucratividade, o setor fechou mais de 13 mil postos de trabalho apenas no primeiro semestre.
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou ao Comando Nacional dos Bancários, na 11ª rodada de negociação, um acordo com validade de dois anos, no qual, em 2016 a categoria vai receber reajuste de 8% e abono de R$3.500; o vale-refeição e o auxílio creche-babá serão reajustados em 10% e o vale-alimentação em 15%; em 2017, haverá a correção integral da inflação acumulada, com aumento real de 1% em todos os salários e demais verbas.
Os bancários conquistaram também o abono de todos os dias parados. A extensão da licença paternidade subirá para 20 dias entrará na Convenção Coletiva de Trabalho, com validade a partir da definição do benefício fiscal pelo governo, informou o sindicato.
“Fizemos uma greve forte e vitoriosa. Em um ambiente de alta incerteza política e econômica e ataque aos direitos dos trabalhadores, a categoria garantiu ganho real em 2017 e, para este ano, manteve a valorização em itens importantes como vale-alimentação, refeição e auxilio creche”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.
Os trabalhadores reivindicavam no início da campanha salarial reajuste de 14,78%, sendo 5% de aumento real, considerando inflação de 9,31%; participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários acrescidos de R$ 8.317,90; piso no valor do salário-mínimo do Dieese (R$ 3.940,24), e vales alimentação, refeição, e auxílio-creche no valor do salário-mínimo nacional (R$ 880).
Na noite de ontem a Contraf divulgou uma nota informando que a maioria dos sindicatos aprovou a proposta da Fenaban e os acordos específicos do Banco do Brasil e da Caixa, encerrando a greve, entretanto, em algumas cidades as assembleias podem ter tido resultado diferente e a paralisação continua.
Fonte: No Minuto
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