sexta-feira, 15 de março de 2013

FECHAMENTO DA MATERNIDADE PENALIZADA POPULAÇÃO EM GOVERNADOR DIX-SEPT ROSADO.

Depois de mais de meio século de prestação de serviços à população, a Maternidade Oziene Rosado pode fechar suas portas. O motivo principal da desativação da unidade de saúde é a não-renovação de um convênio entre a Prefeitura de Governador Dix-sept Rosado e a Associação de Assistência e Proteção à Maternidade e à Infância (Apami), mantenedora da maternidade.
Em abril deste ano, a maternidade completará 57 anos de funcionamento. A situação atual não é das melhores, com um quadro de 13 funcionários que estão com 17 meses de salários atrasados e 11 meses sem receber o 13º salário. A folha de pagamento desses funcionários chega a R$ 14 mil.
De acordo com informações colhidas pela reportagem, na gestão passada existia um convênio que assegurava um repasse mensal no valor de R$ 10 mil para manter a maternidade em funcionamento. A unidade é uma referência, onde são realizados cerca de 80 atendimentos diários e nos finais de semana cerca de 300 atendimentos hospitalares e também as Autorizações de Internação Hospitalar (AIHs).
No último dia 10 a população resolveu realizar um manifesto em defesa da maternidade. A mobilização pacífica teve como objetivo alertar os segmentos locais sobre as perdas com o fechamento da entidade. O movimento visou ainda sensibilizar o governo municipal no sentido de manter a unidade funcionando.
O manifesto atraiu mais de 100 pessoas, saindo às 8h30 da rua Maurílio Sales Dias, com uma caminhada até a maternidade, pedindo o apoio da população e das autoridades. Sem fins lucrativos ou fonte de renda própria, a Apami é mantida por meio de convênios, doações, subvenções, legados, rendas patrimoniais, contribuições diversas e outras fontes. A atual presidente da associação é Francisca das Chagas Costa, funcionária da entidade.
Falta de acordo inviabiliza funcionamento da unidade.
Na semana passada o prefeito Anax Vale (DEM) se reuniu com a direção da Apami e anunciou que não renovaria o convênio.
A presidência da entidade levou propostas para manter o funcionamento da entidade e a parceria com o município, sugerindo um repasse financeiro para manter o convênio, no que o gestor alegou que o município vai construir um novo hospital com melhores estruturas, para suprir a demanda de atendimentos.
Diante disso, a direção da Apami decidiu que a maternidade fechará as portas por falta de condições de funcionamento.
A reportagem tentou manter contato telefônico com o prefeito Anax Vale, mas não obteve êxito. Na prefeitura, a informação é que o gestor pretende mesmo construir um novo hospital na cidade, proposta apresentada por ele na reunião na Procuradoria do Trabalho, em Mossoró.

Fonte: O Mossoroense via RNPoliticaemDia 

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