Depois de mais de meio século de
prestação de serviços à população, a Maternidade Oziene Rosado pode
fechar suas portas. O motivo principal da desativação da unidade de
saúde é a não-renovação de um convênio entre a Prefeitura de Governador
Dix-sept Rosado e a Associação de Assistência e Proteção à Maternidade e
à Infância (Apami), mantenedora da maternidade.
Em
abril deste ano, a maternidade completará 57 anos de funcionamento. A
situação atual não é das melhores, com um quadro de 13 funcionários que
estão com 17 meses de salários atrasados e 11 meses sem receber o 13º
salário. A folha de pagamento desses funcionários chega a R$ 14 mil.
De
acordo com informações colhidas pela reportagem, na gestão passada
existia um convênio que assegurava um repasse mensal no valor de R$ 10
mil para manter a maternidade em funcionamento. A unidade é uma
referência, onde são realizados cerca de 80 atendimentos diários e nos
finais de semana cerca de 300 atendimentos hospitalares e também as
Autorizações de Internação Hospitalar (AIHs).
No
último dia 10 a população resolveu realizar um manifesto em defesa da
maternidade. A mobilização pacífica teve como objetivo alertar os
segmentos locais sobre as perdas com o fechamento da entidade. O
movimento visou ainda sensibilizar o governo municipal no sentido de
manter a unidade funcionando.
O
manifesto atraiu mais de 100 pessoas, saindo às 8h30 da rua Maurílio
Sales Dias, com uma caminhada até a maternidade, pedindo o apoio da
população e das autoridades. Sem fins lucrativos ou fonte de renda
própria, a Apami é mantida por meio de convênios, doações, subvenções,
legados, rendas patrimoniais, contribuições diversas e outras fontes. A
atual presidente da associação é Francisca das Chagas Costa, funcionária
da entidade.
Falta de acordo inviabiliza funcionamento da unidade.
Na semana passada o prefeito Anax Vale (DEM) se reuniu com a direção da Apami e anunciou que não renovaria o convênio.
A
presidência da entidade levou propostas para manter o funcionamento da
entidade e a parceria com o município, sugerindo um repasse financeiro
para manter o convênio, no que o gestor alegou que o município vai
construir um novo hospital com melhores estruturas, para suprir a
demanda de atendimentos.
Diante disso, a direção da Apami decidiu que a maternidade fechará as portas por falta de condições de funcionamento.
A
reportagem tentou manter contato telefônico com o prefeito Anax Vale,
mas não obteve êxito. Na prefeitura, a informação é que o gestor
pretende mesmo construir um novo hospital na cidade, proposta
apresentada por ele na reunião na Procuradoria do Trabalho, em Mossoró.
Fonte: O Mossoroense via RNPoliticaemDia
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