sábado, 4 de junho de 2011

Na hora do adeus

Em 1972, no dia de sua inauguração, o estádio Machadão recebeu lotação máxima, quando ainda não tinha cobertura no anel superior

A foto do jornalista Waldemar Araújo, deixada para trás na mudança do estádio Machadão, que fecha as portas definitivamente, representa bem o último dia útil do velho estádio de Lagoa Nova. A imagem do ex-presidente da Associação Norte-Riograndense de Imprensa e ex-editor chefe da Tribuna do Norte, serve para alertar que, no dia em que o estádio completa 39 anos, o passado não pode ser desprezado, apesar da necessidade de transformações, representada pela futura construção da Arena das Dunas.
Ontem, o barulho das torcidas alegres dos clubes de futebol, cedeu lugar aos passos apressados de funcionários de uma empresa de mudança, responsáveis por conduzir os últimos objetos aproveitáveis do mobiliário do Machadão. A Sejel – Secretaria Municipal de Esportes Juventude e Lazer, que ocupava salas no estádio, foi a última a sair.

No entanto, ainda restam objetos a serem recolhidos. Toda a iluminação do Machadão, assim como as cadeiras das arquibancadas ainda vão ser retiradas. Se antes era dado como certo a utilização das luminárias no estádio Nazarenão, em Goianinha, onde o América vai mandar seus jogos na série C do Brasileiro, a prefeitura de Natal parece ter mudado de opinião e voltado atrás. De acordo com a assessoria da Sejel, a princípio elas serão utilizadas nas praças esportivas de Natal, assim como as cadeiras e os bancos.

Os corredores que antes serviam para conduzir os jogadores aos vestiários e ao campo, estavam vazios, esperando apenas a demolição. O campo, que já foi palco de espetáculos protagonizados por Alberi, Danilo Menezes, Didi Duarte e Souza, entre outras, não parece, nem de longe, um campo de futebol profissional. As cabines de rádio, que por quase quatro décadas serviu de abrigo para os radialistas e jornalistas, agora estão caladas.
Fonte: TRIBUNA DO NORTE


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