
O
 Ministério Público do Trabalho em Palmas, no Tocantins, pediu na 
Justiça Trabalhista a condenação do Banco Itaú S.A. por assédio moral. 
De acordo com nota publicada pelo Ministério, uma funcionária grávida de
 uma das agências, em Palmas, passou mal e sofreu um aborto espontâneo, 
segundo relato de alguns colegas que estavam presentes no momento. 
"Mesmo ensanguentada, não pôde sair da agência até fechar a tesouraria, 
três horas depois do aborto, guardando nesse período, o feto em saco 
plástico. No outro dia, após ir ao médico, voltou à agência para 
transferir a tesouraria para outro funcionário, e teve seu direito legal
 de 30 dias de afastamento reduzido para apenas quatro", diz a nota. A 
multa pretendida é de R$ 20 milhões.
De
 acordo com a procuradora que conduz a investigação, Mayla Mey 
Friedriszik Octaviano Alberti, o banco foi procurado diversas vezes, mas
 não se manifestou, não respondeu às notificações e nem apresentou os 
documentos solicitados. Na nota do Ministério Público do Trabalho, 
Alberti ressalta que "os bancários são punidos quando ficam doentes e 
que a desastrosa gestão laboral já causou a perda da vida (do 
nascituro), além de ameaçar outras, que estão geradas em condições 
adversas de pressão e estresse".
CRESCER
 procurou o Banco Itaú, que enviou uma nota de posicionamento. A empresa
 informa que só teve acesso aos documentos nesta quarta-feira (3). "O
 fato relatado é estarrecedor, fere os mais fundamentais princípios da 
organização e é inadmissível na nossa ética e cultura de respeito e 
valorização dos profissionais. O Ministério Público do Trabalho conduziu
 as investigações sob sigilo, por isso tivemos acesso aos documentos 
somente nesta manhã. Desta forma, iniciamos a apuração dos fatos, 
inclusive, para aplicação das devidas penalidades funcionais, cíveis e 
trabalhistas",diz o comunicado.
Via Márcio Melo 
 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário