A transposição ocorrerá no Rio Grande do Norte a partir das Bacias do Piranhas/Açu e Apodi/Mossoró. Entre as obras potencializadas pela transposição estão à adutora do Alto Oeste e a Santa Cruz/Mossoró. Indiretamente todo o Estado ganha com a oferta de água e diretamente toda a população que vive ao longo das bacias beneficiadas. Gilberto Jales lembrou que o Estado tem responsabilidade em viabilizar a transposição. “O desenvolvimento do Estado passa pela sustentabilidade hídrica”, ressaltou.
Há também previstos projetos de irrigação como o da Chapada do Apodi, Medubim e de áreas alagadas próximos aos rios. Entre os projetos planejados estão à construção da barragem de Oiticica em Jucurutu e o Canal do Sal que se propõe o desvio das águas do Rio Apodi/Mossoró na região salineira. Ainda dentro dos projetos previstos para a transposição está o abastecimento de água e esgotamento sanitário em 30 municípios das bacias receptoras da transposição do São Francisco.
De acordo com o assessor especial do Ministério da Integração Nacional, José Machado, não há mais volta para o projeto da transposição. Para ele, os quatro estados a serem beneficiados entre 2014 e 2015 com esta nova oferta de água devem estar preparados para a gestão desses recursos hídricos. “O Governo Federal tem investido bilhões de reais para torná-la realidade.” Os Estados beneficiados são Paraíba, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte.
José Luiz Sousa, coordenador substituto do Conselho Gestor do Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional (PISF), apresentou uma série de informações aos presentes, entre elas que a água será disponibilizada ao RN, a partir de 2015, com acesso pela cidade paraibana de São José de Piranhas, por meio do eixo norte do projeto.
Segundo Sousa, os principais atores nesta empreitada são o próprio Ministério da Integração Nacional, através da Secretaria de Infraestrutura Hídrica e o Conselho Gestor, além da Agência Nacional de Águas (ANA) e Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS). No plano estadual, o esforço deve abranger não somente a área de recursos Hídricos e meio ambiente, mas também planejamento, infraestrutura, desenvolvimento e companhias de saneamento. Universidades e centros de pesquisas também devem se engajar nessas discussões.
O workshop foi destinado aos técnicos do Governo do Estado. Estiveram presentes também o Secretário de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração, Sérgio Duarte de Castro, o diretor da ANA, Paulo Varella e Antônio Felipe Leite que representou a Secretaria Nacional de Irrigação do Ministério da Integração.
Fonte: DN ONLINE