Segunda rodada do Grupo A da Copa do Mundo. O telão da Arena Castelão, em Fortaleza, mostra a chegada do ônibus da seleção brasileira para a partida contra o México. Um dos primeiros a descer é Felipão. O técnico “popstar” do Brasil, mesmo sem ouvir, é ovacionado pelas milhares de pessoas presentes no estádio.
Um dos principais pilares na recuperação do prestígio da Seleção com a massa, Felipão só perde em popularidade para Neymar e David Luiz. Muitas vezes, no anúncio da escalação, os gritos para o técnico são na mesma intensidade daqueles para os atletas.
O carisma de Felipão será ainda mais importante nos dias que antecedem a partida decisiva contra Camarões, na próxima segunda-feira. A pressão aumentou um degrau após o 0 a 0 diante do México, e os questionamentos sobre a escalação e o aproveitamento de jogadores começaram a chegar, tanto da imprensa como dos próprios torcedores. Na coletiva no Castelão, as respostas foram mais secas, mas em geral o comandante administra a situação com naturalidade.
- Quem é o último técnico campeão do mundo pelo Brasil? Sou eu. Então, se perder agora, eu continuo sendo o último campeão – costuma brincar Felipão.
O técnico tem essa liberdade. Esbanja confiança no hexa, mas cobra os jogadores quando tem algo errado. E não titubeia quando o assunto é a Copa do Mundo. Para ele, o Brasil vai ser campeão. Não há como pensar diferente. Sabe, porém, por experiência própria, que o caminho é complicado.
- Eu tenho que passar essa confiança para os jogadores. Não pode ser diferente. Imagina se eu falo que a gente não vai ganhar ?! – outra frase recorrente do técnico.
Scolari e seu estilo vibrante, ao comemorar um dos gols do Brasil contra a Croácia (Foto: Getty Images)
Se a torcida abraçou a Seleção na Copa das Confederações e manteve o ritmo agora nas primeiras rodadas da Copa do Mundo, o mérito é em grande parte de Felipão. Mesmo sem mudar muita coisa em relação à gestão de Mano Menezes, Scolari deu outra cara para o grupo liderado por Neymar e cia.
Além de os jogadores estarem mais soltos, mais à vontade, Felipão já tem uma conexão antiga com o torcedor, desde a época do pentacampeonato. Não é à toa que os gritos por ele “rivalizam” com os para Neymar e David Luiz pelo Brasil afora. Com um grupo jovem em mãos, Scolari poder ser considerado um dos ídolos do time.
Líder do Grupo A com quatro pontos, a seleção brasileira volta a campo pela terceira e última rodada da chave na segunda-feira, dia 23 de junho, contra Camarões, no estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Fonte: GLOBOESPORTE.COM
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