- Alan Marques/Folhapress
O plenário do Senado vota nesta quarta-feira (11) se aceita ou não iniciar o julgamento da denúncia que pede o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). São necessários os votos da maioria simples da Casa, isto é, de 41 dos 81 senadores, para o processo avançar. O UOL transmitirá a votação ao vivo, a partir das 9h.
Caso o Senado acolha o pedido, a presidente é notificada e pode ficar
afastada por até 180 dias --se o julgamento não acabar nesse prazo, ela
volta ao cargo. O vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) assume a
Presidência interinamente, com poderes plenos. Se os senadores decidirem
não levar adiante a cassação do mandato de Dilma, a denúncia é
arquivada e fica extinto o processo contra Dilma.
Os senadores votam o relatório da comissão especial do Senado que recomendou o impeachment de Dilma por 15 votos a favor e 5 contra,
na última sexta-feira (6), após ter analisado a documentação
encaminhada pela Câmara dos Deputados e ouvido especialistas tanto da
acusação quanto da defesa.
Horas de discursos
A sessão
de votação está marcada para começar às 9h e pode se estender até a
madrugada de quinta-feira (12). Os trabalhos devem se iniciar com a
leitura da parte conclusiva do parecer do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG). Ele pode falar no plenário.
Todos os 80 senadores, exceto o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), poderão discursar por um período de 10 a 15 minutos para justificar sua posição.
Calheiros espera que não mais do que 60 senadores se manifestem. Estão
previstas duas interrupções da sessão: às 12h, com retorno às 13h; e às
18h, com volta às 19h.
A defesa de Dilma também tem o direito de se pronunciar. Só então a votação começa.
A estimativa do Senado é que a votação em si, eletrônica e aberta, seja
breve e dure cerca de cinco minutos. Os parlamentares vão votar ao
mesmo tempo, com seus votos aparecendo no painel eletrônico do plenário.
Não haverá, portanto, manifestações como na votação do impeachment de Dilma no plenário da Câmara,
no dia 17 de abril. Na data, quando a denúncia foi aprovada por 367
deputados (com 137 votos contrários e sete abstenções), grande parte dos
deputados utilizou o microfone para homenagens pessoais, deixando de
lado o mérito da questão.
Fonte: Uol
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