Terminou às 8h desta quarta-feira (3) a paralisação de trabalhadores do
setor aéreo convocada em 12 aeroportos do país. O ato causou transtornos
aos passageiros.
Às 9h, em todo o país, dos 527 voos programados (domésticos e internacionais), 170 estavam atrasados e 97 tinham sido cancelados, segundo a Infraero.
Segundo a estatal, a situação deve ser normalizada ao longo do dia, mas não há uma previsão concreta, porque a paralisação impacta toda uma rede.
A paralisação foi convocada por sindicatos dos aeronautas (comissários e pilotos) e dos aeroviários (profissionais que atuam em solo), que cobram reajustes salariais de 11% para repor a inflação.
O aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, não havia registrado nenhuma decolagem até 7h20. Assim como nos outros aeroportos afetados, a paralisação acabou às 8h, como previsto pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas.
No aeroporto, um grupo segurava, por volta de 6h30, placas com a frase "Nossa segurança é a sua", além de faixas. Membros do sindicato da categoria falavam ao alto-falante com aqueles que aderiram à paralisação.
Entre 6h e 8h20, nove voos estavam atrasados e outros nove haviam sido cancelados. Em alguns casos, os atrasos chegavam a duas horas.
Márcio Guimarães, 56, diz que soube da paralisação na noite anterior, pela imprensa, mas resolveu ir até o aeroporto na expectativa de que a paralisação fosse curta e seu voo fosse remanejado. Mas o voo para Uberlândia (MG), que deveria sair às 6h30 pela TAM, foi cancelado. "Vou pegar o próximo, às 13h30, que ainda me atende, mas já estou remarcando reunião de trabalho para a tarde".
Paulo Salinas, 26, analista de sistemas, estava voltando de Cancún (México) com a noiva e familiares para São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. Parou em Congonhas para uma escala e descobriu que o voo das 7h, pela TAM, ficaria para as 11h. " A companhia aérea avisou há dois dias por e-mail que o voo seria remanejado, sem explicar o motivo, mas como estávamos viajando, não vimos", conta.
Maria Solange Rosário, 52, está em trânsito há mais de 24h com o marido, a filha e duas primas. Eles saíram de Fortaleza (CE), onde passavam férias, com destino a Porto Velho (RO). Chegando em Congonhas, descobriram que a conexão que pegariam só iria até Brasília. A família reclama que deveria ter sido avisada da paralisação antes de embarcar em Fortaleza.
"Agora, a companhia prometeu colocar a gente em um hotel, até conseguir outro voo para a gente, amanhã à noite ou ainda na sexta", conta.
No Aeroporto Internacional de Guarulhos, dos 87 voos programados entre meia-noite e 7h, um tinha sido cancelado, duas decolagens tinham atrasos superiores a 30 minutos e dois voos que pousariam no local tinham atrasos de mais de 30 minutos.
Durante as duas horas de greve, a TAM registrou atraso em 46 voos domésticos e 4 internacionais, além de três cancelamentos nos 12 aeroportos impactados.
A companhia aérea informou que passageiros com voos domésticos agendados entre 6h e 18h ou voos internacionais entre 6h e 8h desta quarta estarão liberados das taxas de remarcação e da diferença de tarifas para que antecipem os voos ou adiem viagem em até 15 dias a partir da data do voo original, mediante disponibilidade. A recomendação é para que os clientes entrem em contato com a empresa.
A Gol não informa quantos dos seus voos foram cancelados ou atrasados. A companhia confirma que foi impactada pela greve e diz que os cancelamentos e as reprogramações de voos foram previamente avisados aos passageiros. Durante toda a terça-feira, a empresa contactou clientes por emails, mensagens e telefonemas e afirma que todos foram reacomodados em outros voos, "recebendo toda a assistência necessária".
Os que preferirem, segundo a Gol, podem remarcar suas viagens sem taxas e de acordo com a disponibilidade, ou solicitar reembolso integral de suas passagens.
Fonte: Folha de São Paulo
Às 9h, em todo o país, dos 527 voos programados (domésticos e internacionais), 170 estavam atrasados e 97 tinham sido cancelados, segundo a Infraero.
Segundo a estatal, a situação deve ser normalizada ao longo do dia, mas não há uma previsão concreta, porque a paralisação impacta toda uma rede.
A paralisação foi convocada por sindicatos dos aeronautas (comissários e pilotos) e dos aeroviários (profissionais que atuam em solo), que cobram reajustes salariais de 11% para repor a inflação.
O aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, não havia registrado nenhuma decolagem até 7h20. Assim como nos outros aeroportos afetados, a paralisação acabou às 8h, como previsto pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas.
No aeroporto, um grupo segurava, por volta de 6h30, placas com a frase "Nossa segurança é a sua", além de faixas. Membros do sindicato da categoria falavam ao alto-falante com aqueles que aderiram à paralisação.
Entre 6h e 8h20, nove voos estavam atrasados e outros nove haviam sido cancelados. Em alguns casos, os atrasos chegavam a duas horas.
Márcio Guimarães, 56, diz que soube da paralisação na noite anterior, pela imprensa, mas resolveu ir até o aeroporto na expectativa de que a paralisação fosse curta e seu voo fosse remanejado. Mas o voo para Uberlândia (MG), que deveria sair às 6h30 pela TAM, foi cancelado. "Vou pegar o próximo, às 13h30, que ainda me atende, mas já estou remarcando reunião de trabalho para a tarde".
Paulo Salinas, 26, analista de sistemas, estava voltando de Cancún (México) com a noiva e familiares para São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. Parou em Congonhas para uma escala e descobriu que o voo das 7h, pela TAM, ficaria para as 11h. " A companhia aérea avisou há dois dias por e-mail que o voo seria remanejado, sem explicar o motivo, mas como estávamos viajando, não vimos", conta.
Maria Solange Rosário, 52, está em trânsito há mais de 24h com o marido, a filha e duas primas. Eles saíram de Fortaleza (CE), onde passavam férias, com destino a Porto Velho (RO). Chegando em Congonhas, descobriram que a conexão que pegariam só iria até Brasília. A família reclama que deveria ter sido avisada da paralisação antes de embarcar em Fortaleza.
"Agora, a companhia prometeu colocar a gente em um hotel, até conseguir outro voo para a gente, amanhã à noite ou ainda na sexta", conta.
No Aeroporto Internacional de Guarulhos, dos 87 voos programados entre meia-noite e 7h, um tinha sido cancelado, duas decolagens tinham atrasos superiores a 30 minutos e dois voos que pousariam no local tinham atrasos de mais de 30 minutos.
Durante as duas horas de greve, a TAM registrou atraso em 46 voos domésticos e 4 internacionais, além de três cancelamentos nos 12 aeroportos impactados.
A companhia aérea informou que passageiros com voos domésticos agendados entre 6h e 18h ou voos internacionais entre 6h e 8h desta quarta estarão liberados das taxas de remarcação e da diferença de tarifas para que antecipem os voos ou adiem viagem em até 15 dias a partir da data do voo original, mediante disponibilidade. A recomendação é para que os clientes entrem em contato com a empresa.
A Gol não informa quantos dos seus voos foram cancelados ou atrasados. A companhia confirma que foi impactada pela greve e diz que os cancelamentos e as reprogramações de voos foram previamente avisados aos passageiros. Durante toda a terça-feira, a empresa contactou clientes por emails, mensagens e telefonemas e afirma que todos foram reacomodados em outros voos, "recebendo toda a assistência necessária".
Os que preferirem, segundo a Gol, podem remarcar suas viagens sem taxas e de acordo com a disponibilidade, ou solicitar reembolso integral de suas passagens.
Fonte: Folha de São Paulo
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