Foto: Canindé Soares
Da redação
Apesar de estar localizada numa ilha, banhada pelo desaguar do maior rio Piranhas/Açu e o oceano atlântico, o município de Macau, com 25 mil habitantes, enfrenta sérias dificuldades de abastecimento de água potável.
A solução encontrada pela Secretaria Estadual de Recursos Hídricos e Meio Ambiente (SEMARH) foi abastecer o município com água do oceano. A tecnologia virá de Israel, que já transforma água salgada em água doce.
O secretário Mairton França, da SEMARH, calcula que o investimento para a população de Macau consumir água do mar seja de aproximadamente R$ 25 milhões. Estes recursos já estão alocados no orçamento de 2016 do Governo do Estado.
A ideia de usar água do mar para abastecimento humano nasceu durante uma visita do secretário Mairton França a Israel, onde esta tecnologia já é conhecida. A princípio, a proposta era fazer uma unidade piloto de abastecimento em Macau.
Entretanto, com a crise hídrica em função da seca e problemas no sistema de captação de água no Rio Piranhas/Açu no município de Pendências, levou a SEMARH e a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte a antecipar o projeto.
A água não seria captada na praia. Seria numa distância de mais ou menos 3 quilômetros da costa através de grandes dutos e bombeadas para as usinas instaladas em terra firme, que separa a água potável e coloca no sistema de distribuição de água do município.
A proporção de rejeitos, segundo Mairton França, é de 50%. Os rejeitos seriam disponibilizados em tanques de salinas que atuam na região de Macau.
Outro detalhe acrescentado pelo secretário é que as usinas de processamento de água do mar são móveis. Hoje, Macau é quem enfrenta maiores dificuldades de abastecimento, apesar de tanta água ao redor.
A partir deste projeto piloto, o secretário espera inserir no Rio Grande do Norte a tecnologia israelense de dessalinização de água do mar para amenizar os efeitos da seca extrema. Atualmente são 17 municípios do RN em colapso total.
Investimento
Os recursos na ordem de R$ 25 milhões estão sendo viabilizados junto ao Banco Mundial. A meta da SEMARH e a CAERN é colocar a estrutura em funcionamento até o final de 2016.
Com informações do Portal Noar via Mossoró Hoje
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