fonte: Waldemir Barreto / Agência Senado
Com
aprovação do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, realizado por
Eduardo Cunha na quarta-feira (02/11), a oposição defende a suspensão
total ou parcial do recesso parlamentar, para que seja possível dar
continuidade no processo.
Em entrevista ao Jornal da Manhã o presidente do PSDB e senador Aécio Neves afirma que se encontrará com o presidente do Senado, Renan Calheiros, na quinta-feira (03/11) para estabelecer um acordo de procedimentos para a realização dos trabalhos: “Já que a tramitação foi iniciada, temos que ter um acordo de procedimentos. Adiar a prorrogação do recesso já tem maioria absoluta nas duas Casas”. O senador ainda afirma que o PT irá tentar retardar a indicação dos nomes de parlamentares que vão participar da comissão do processo: “Não temos poder de indicar por eles, mas temos o poder de fazer pressão”.Aécio Neves conta que estava como Renan Calheiros ontem enquanto Eduardo Cunha dava a entrevista com o seu parecer: “Poucos minutos antes do Cunha anunciar na entrevista, eu conversava com Renan sobre alguns destaques que seriam votados no projeto do governo e ele me disse que acabara de receber uma ligação do Cunha comunicando que abriria o processo. Ele teve um contato prévio e não foi pego totalmente de surpresa. Ele me pareceu incrédulo. Eu falei ‘a coisa vai esquentar’”.
Para o presidente do PSDB, o lado bom da crise econômica, moral e social pela qual passa o país, é que as instituições estão funcionando bem: “O Ministério Público e a Polícia Federal tem agido de forma exemplar, investigando a organização criminosa que se instaurou no poder. E agora, o Congresso Nacional é chamado à sua responsabilidade”.
O senador, que acompanhou o pronunciamento televisionado de Dilma Rousseff diz que a presidente quer transformar o impeachment em uma disputa com o presidente da Câmara e critica postura da governante durante sua fala: “Uma coisa que me chamou muito a atenção, ela fala que recebeu a notícia com indignação. Não percebi isso no seu semblante. Indignação lida em uma folha de papel... Me lembrou muito a presidente em sua campanha com discurso lido e que faltou com a verdade. Acho que era hora da presidente olhar nos olhos dos brasileiros, fazer um grande mea culpa e falar a verdade. Afirma que não cometeu crime, mas cometeu sim , um de responsabilidade. Houve crime e tem que pagar por ele”.
Sobre o recesso parlamentar, Aécio Neves defende um breve intervalo dos trabalhos e acredita que o contato com base eleitoral será benéfico para os parlamentares: “Talvez seja positivo os parlamentares estarem em suas bases, falando com amigos, família, com pessoas na padaria, jornaleiros, para captar o sentimento deles. Tem que ser realista. Eu acho possível ter a convocação no dia 01º de janeiro para continuar os trabalhos. Os parlamentares precisam de contato com suas bases. Mas até o Natal dá para fazer muita coisa, ter as comissões prontas, com membros escolhidos, e os prazos de defesa de Dilma já contados. Não podemos interromper para voltar em fevereiro”.
Fonte: UOL
Em entrevista ao Jornal da Manhã o presidente do PSDB e senador Aécio Neves afirma que se encontrará com o presidente do Senado, Renan Calheiros, na quinta-feira (03/11) para estabelecer um acordo de procedimentos para a realização dos trabalhos: “Já que a tramitação foi iniciada, temos que ter um acordo de procedimentos. Adiar a prorrogação do recesso já tem maioria absoluta nas duas Casas”. O senador ainda afirma que o PT irá tentar retardar a indicação dos nomes de parlamentares que vão participar da comissão do processo: “Não temos poder de indicar por eles, mas temos o poder de fazer pressão”.Aécio Neves conta que estava como Renan Calheiros ontem enquanto Eduardo Cunha dava a entrevista com o seu parecer: “Poucos minutos antes do Cunha anunciar na entrevista, eu conversava com Renan sobre alguns destaques que seriam votados no projeto do governo e ele me disse que acabara de receber uma ligação do Cunha comunicando que abriria o processo. Ele teve um contato prévio e não foi pego totalmente de surpresa. Ele me pareceu incrédulo. Eu falei ‘a coisa vai esquentar’”.
Para o presidente do PSDB, o lado bom da crise econômica, moral e social pela qual passa o país, é que as instituições estão funcionando bem: “O Ministério Público e a Polícia Federal tem agido de forma exemplar, investigando a organização criminosa que se instaurou no poder. E agora, o Congresso Nacional é chamado à sua responsabilidade”.
O senador, que acompanhou o pronunciamento televisionado de Dilma Rousseff diz que a presidente quer transformar o impeachment em uma disputa com o presidente da Câmara e critica postura da governante durante sua fala: “Uma coisa que me chamou muito a atenção, ela fala que recebeu a notícia com indignação. Não percebi isso no seu semblante. Indignação lida em uma folha de papel... Me lembrou muito a presidente em sua campanha com discurso lido e que faltou com a verdade. Acho que era hora da presidente olhar nos olhos dos brasileiros, fazer um grande mea culpa e falar a verdade. Afirma que não cometeu crime, mas cometeu sim , um de responsabilidade. Houve crime e tem que pagar por ele”.
Sobre o recesso parlamentar, Aécio Neves defende um breve intervalo dos trabalhos e acredita que o contato com base eleitoral será benéfico para os parlamentares: “Talvez seja positivo os parlamentares estarem em suas bases, falando com amigos, família, com pessoas na padaria, jornaleiros, para captar o sentimento deles. Tem que ser realista. Eu acho possível ter a convocação no dia 01º de janeiro para continuar os trabalhos. Os parlamentares precisam de contato com suas bases. Mas até o Natal dá para fazer muita coisa, ter as comissões prontas, com membros escolhidos, e os prazos de defesa de Dilma já contados. Não podemos interromper para voltar em fevereiro”.
Fonte: UOL
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